domingo, 22 de maio de 2011

Visita de Estudo ao Parque Biológico de Avintes

No passado dia 7 de Maio de 2011, decorreu a visita de estudo ao Parque Biológico de Avintes, Gaia. Esta visita foi organizada pela Unidade Curricular de Ecologia enquadrada nos conteúdos programáticos leccionados. No cômputo geral, a visita foi agradável e interessante para todos, tendo sido a oportunidade de podermos contactar com inúmeras espécies animais e vegetais, conhecendo melhor as suas características físicas e habitats ao longo de um percurso com mais de 3 Km`s de extensão. A especificidade deste parque, que apresenta uma geologia e orografia condicionantes das características do solo a par de um variado substrato, estimula uma profusão de vida vegetal, com a flora a ser constituída por mais de 200 espécies de plantas espontâneas inventariadas a par do desenvolvimento de associações vegetais do tipo matagal, com predominância para o junco e a giesta. Pudemos, igualmente, observar plantas que foram reintroduzidas, ou mesmo introduzidas, em função dos objectivos de gestão do Parque Biológico. Durante a caminhada, encontramos, ainda, uma formação de pequenas matas e bosquetes: castanheiro, carvalho – roble, carvalho - negral, loureiro, espinheiros - alvar, entre outras espécies. Para além desses elementos residuais do antigo carvalhal, outros novos foram introduzidos pelo Homem em função da agricultura, silvicultura e floricultura. No Parque, a fauna selvagem apresenta espécies residuais do passado agro-florestal, assim como espécies típicas das cidades e periferias. Pudemos observar inúmeras espécies das mais variadas classes de animais, com destaque para as classes das aves, répteis e anfíbios. Concluindo, foi uma forma de contemplarmos a paisagem da região, incluindo todos os seus componentes – flora, fauna, clima, arquitectura rural, usos e costumes, hidrografia, entre outros.
Por último, resta-me agradecer à Prof. Ágata o dia agradável que proporcionou a toda a turma.

domingo, 8 de maio de 2011

Crianças difíceis...




Crianças difíceis? ou ....
um difícil desafio?

Quantos de nós, diariamente, no nosso mundo, que chamamos de jardim de infância, enfrentamos o desafio de trabalharmos com crianças "difíceis"?. Crianças que nos desafiam, que "mexem com o nosso interior", que nos fazem chorar e que nos fazem sentir incapazes e inúteis...
No entanto, teremos que ter a coragem de chegar ao nível da criança, ou até mais baixo, a ponto de ela pensar que nos supera, só assim é que a podemos moderar e tentar modelá-la...

sábado, 30 de abril de 2011

Metodologia

A Metodologia é o estudo dos métodos. Ou então as etapas a seguir num determinado processo.
Tem como objetivo captar e analisar as características dos vários métodos indispensáveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou distorções e criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização.
Além de ser uma disciplina que estuda os métodos, a metodologia é também considerada uma forma de conduzir a pesquisa ou um conjunto de regras para ensino de ciência e arte.
A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista etc), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa.



Didáctica

O termo didática foi instituído por Comenius (Jan Amos Komensky) em sua obra Didática Magna (1657), e originalmente significa “arte de ensinar”. Durante séculos, a didática foi entendida como técnicas e métodos de ensino, sendo a parte da pedagogia que respondia somente por “como” ensinar. Os manuais de didática traziam detalhes sobre como os professores deveriam se portar em sala de aula. Tradicionalmente, os elementos da ação didática são: professor, aluno, conteúdo, contexto e estratégias metodológicas.

Com o estudo dos paradigmas educacionais nos cursos de pedagogia e de formação de professores, amplia-se o conhecimento em relação à didática. Em cada tendência pedagógica diferem visão de homem e de mundo e modifica-se a finalidade da educação, mudam o papel do professor, do aluno, a metodologia, a avaliação, e, consequentemente, muda-se a forma de ensinar.
Atualmente, a didática é uma área da Pedagogia, uma das matérias fundamentais na formação dos professores, denominada por Libâneo (1990, p. 25) como “teoria do ensino” por investigar os fundamentos, as condições e as formas de realização do ensino. Segundo Libâneo (1990):
a ela cabe converter objetivos sócio-políticos e pedagógicos em objetivos de ensino, selecionar conteúdos e métodos em função desses objetivos, estabelecer os vínculos entre ensino e aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das capacidades mentais dos alunos. [...] trata da teoria geral do ensino (p. 26).
A disciplina de didática deve desenvolver a capacidade crítica dos professores em formação para que os mesmos analisem de forma clara a realidade do ensino. Articular os conhecimentos adquiridos sobre o “como” ensinar e refletir sobre “para quem” ensinar, “o que” ensinar e o “por que” ensinar é um dos desafios da didática. Segundo Libâneo (1990), a didática é:
uma das disciplinas da Pedagogia que estuda o processo de ensino através de seus componentes – os conteúdos escolares, o ensino e aprendizagem – para, com o embasamento numa teoria da educação formular diretrizes orientadoras da atividade profissional dos professores.
Esse mesmo autor indica que a didática “investiga as condições e formas que vigoram no ensino e, ao mesmo tempo, os fatores reais (sociais, políticos, culturais, psicossociais) condicionantes das relações entre docência e aprendizagem” (p. 52).
A didática, fundamentada na dialética, é um campo em constante construção/reconstrução, de uma práxis que não tem como objetivo ficar pronta e acabada.
Fontes:
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1990.



quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ficha filmica " O menino selvagem"

Ficha Técnica

título original: (L'Enfant Sauvage)
lançamento: 1969 (França)
atores:Jean-Pierre Cargol, François Truffaut, Françoise Seigner, Jean Dasté.
duração: 84 min
gênero: Drama
status: Arquivado

Análise Globalizante
Exposição das
ideias principais

Num dia de Verão do ano de 1798, numa floresta francesa, foi encontrada
por caçadores uma criança selvagem. Levada para Paris, foi observada pelo mais
célebre psiquiatra da época, Pinel, que a considerou como um idiota irrecuperável
e pelo jovem médico Itard que, ao contrário, considerou ser possível recuperar o
atraso provocado não por inferioridade congénita mas pelo seu isolamento total.
Para provar a veracidade das suas razões, Itard pediu a tutela desta criança.
Assim, na sua casa em Batignoles, com a ajuda da sua governanta, Mme Guérin,
iniciou a difícil tarefa de desenvolver as faculdades dos sentidos, intelectuais e
afectivas de Victor, nome pelo qual se passou a chamar esta criança.
                                                             



Apresentação dos
aspectos positivos / negativos


Os aspectos positivos são a tentativa de integração da criança na sociedade. Os aspectos negativos são: a falta de conhecimento pedagógico e médico na avaliação do menino selvagem.



Pertinência pedagógica
Educação / cultura influencia influenciam o comportamento na sociedade
Palavras-chave

Educaçao, cultura, hábitos anti.sociais
Análise Concentrada
Descrição do contexto e das situações/ reconstrução da temática (história)

Em 1797, dois caçadores encontram um menino selvagem,  chamam um cientista, que ao ver o menino fica logo fascinado por ele. Disposto a educá-lo, faz todos os esforços para o recuperar e integrá-lo mais tarde na sociedade, o que não será nada fácil.







Auto-avaliação
A educação e a cultura são fundamentais no desenvolvimento do ser humano.



sexta-feira, 22 de abril de 2011


"Ser criança é acreditar que tudo é possível.
É ser inesquecivelmente
"Ser criança é acreditar que tudo é possível.
É ser inesquecivelmente feliz com muito pouco.
É tornar-se gigante diante de gigantescos pequenos obstáculos.
Ser criança é fazer amigos antes de saber o nome deles.
É conseguir perdoar muito mais fácil do que brigar.
Ser criança é ter o dia mais feliz da vida, todos os dias.
Ser criança é o que a gente nunca deveria deixar de ser".
Gilberto dos Reis
 

O que é uma criança índigo?

O que é uma Criança Índigo?
Uma Criança Índigo é aquela que apresenta um novo e incomum conjunto de atributos psicológicos e mostra um padrão de comportamento geralmente não documentado ainda. Esse padrão tem factores comuns e únicos que sugerem que aqueles que interagem com elas (pais em particular) mudam o seu tratamento e orientação com o objectivo de obter o equilíbrio. Ignorar esses novos padrões é potencialmente criar desequilíbrio e frustração na mente desta preciosa nova vida. 
Porquê a designação «índigo»?
O termo "Crianças Índigo" vem da cor da aura destas crianças. Existe uma amiga dos autores acima citados, cujo nome é Nancy Ann Tappe, autora do livro "Entendendo a Sua Vida Através da Cor", que pode observar a aura destas crianças, notando uma cor azul forte. Nesse livro estão as primeiras informações sobre o que ela titulou de Crianças Índigo. 
Segundo Nancy, 80% das crianças nascidas depois de 1980 são Índigos. Há quem as designe de "Criança Estrela" ou "Crianças Azuis", mas foi através do trabalho de Nancy que elas passaram a designar-se "Crianças Índigo".

Na pesquisa sobre as Crianças Índigo, alguma coisa se tornou quase aparente para os autores/investigadores: embora estas crianças formem um grupo relativamente novo, a sua sabedoria sem idade está a mostrar uma nova e mais amável maneira de estar, não só com elas mesmas, mas com cada um de nós.
Existem vários Tipos de Índigo, mas na lista a seguir podemos observar alguns dos padrões de comportamento mais comuns:

* vêm ao mundo com um sentimento de realeza e frequentemente agem desta forma. * têm um sentimento de "desejar estar aqui" e ficam surpresas quando os outros não compartilham isso. * a auto-valorização não é uma grande característica, frequentemente perguntam aos pais quem elas são, de onde vieram. * têm dificuldades com autoridade absoluta sem explicações e escolha.* simplesmente não farão certas coisas; por exemplo, esperarem quietas é difícil para elas. * tornam-se frustradas com sistemas ritualmente orientados e que não necessitam de pensamento criativo.
* frequentemente encontram uma maneira melhor de fazer as coisas, tanto em casa como na escola, o que as faz parecer como questionadores dos sistemas (inconformistas com qualquer sistema). * parecem anti-sociais a menos que estejam com outras do mesmo tipo.
* se não existem outras crianças com um nível de consciência semelhante à sua volta, elas frequentemente tornam-se introvertidas, sentindo-se como se ninguém as entendesse. * a escola é frequentemente difícil para elas do ponto de vista social. * não respondem à pressão por culpa do tipo: "Espera até o teu pai chegar e descobrir o que fizeste!". * não são tímidas quando precisam de fazer os adultos perceberem o que elas necessitam. 

Alguns links para websites cujo tema é as "Crianças Índigo":

sábado, 16 de abril de 2011

História para reflectir...

Rafael diz não a tudo

É sexta-feira. A mãe vai buscar Rafael ao infantário. Lá fora está frio e a chover.
— Olá, Rafael — diz a mãe, e vai buscar a gabardine ao cabide.
— Não — diz Rafael. — Não a visto.
— Mas está a chover — diz a mãe, e vai buscar as galochas.
— Não visto o casaco! — continua Rafael.
— Assim vais ficar todo molhado.
— Não — Rafael bate com o pé no chão. — Quero um guarda-chuva! Se não, fico aqui.
— Então o pai vai ficar triste — responde a mãe. — Hoje, ele queria montar o comboio contigo.
— Não, não visto a gabardine! — grita Rafael.
A mãe nunca o vira assim. Como não quer continuar a discutir, dá-lhe o guarda-chuva dela.
— Vamos — diz.
Satisfeito, Rafael caminha orgulhoso para fora do infantário.
— Adeusinho! — diz aos outros meninos.
Assim que entram no autocarro, a mãe sugere:
— Vamos sentar-nos aqui. Assim podemos olhar pela janela.
— Não — responde Rafael. — Quero ir em pé!
— Mas o motorista faz travagens muito rápidas! Não quero que caias.
— Não. Ir sentado é aborrecido.
A mãe está admirada. O que se passa com o Rafael? Esta manhã também não queria que lhe penteasse o cabelo. E, em vez dos cereais, quis à força pão com doce.
No final da viagem, Rafael tem uma nódoa negra no joelho, mas sente-se satisfeito.
Quando entram em casa, vem um cheiro maravilhoso. A avó de Rafael está a fazer panquecas.
— Olá, Rafael! Hoje é o teu prato preferido — grita alegre da cozinha.
— Não, hoje não como panquecas.
Para ser sincero, até queria comer panquecas, mas ontem decidiu que hoje ia dizer não o dia todo. Ontem a mãe tinha dito não a tudo o que ele queria. Ficou tão zangado!
Pega numa maçã e mastiga-a sem grande vontade.
— Anda lá, Rafael — diz a avó. — Tive tanto trabalho!
— Não — insiste Rafael. Sente a água a crescer-lhe na boca e tem a barriga a dar horas.
— Bom, já chega de dizer não! — declara a mãe. — Estiveste com isso o dia todo. O que é que se passa?
— Estou furioso!
— Então porquê? — pergunta a avó.
— Ontem a mãe disse sempre não — responde Rafael. — Os adultos também passam o tempo todo a dizer não. Queria tanto ver os Simpsons na televisão.
— Agora estás a ser injusto — diz-lhe a mãe. — Já tinhas visto um programa. Tínhamos ambos decidido que escolhias um programa para ver e depois desligávamos a televisão.
— Os outros meninos do infantário têm autorização para ver sempre os Simpsons.
— Os outros são os outros, e tu és tu — diz a mãe.
— Nós antes não tínhamos televisão — conta a avó. — E mesmo assim divertíamo-nos  imenso. Além do mais, com a tua idade, eu já sabia fazer panquecas sozinha.
— A sério? — pergunta agora Rafael. — Fazias tudo sozinha?
— Sim — responde a avó satisfeita. — A minha mãe só vigiava ao fritá-las.
— Que fixe!
— Anda — diz a avó. — Hoje podes fazer as tuas panquecas, queres?
E Rafael grita, bem alto:
— Sim!
Elisabeth Zöller
Stopp, das will ich nicht
Hamburg, Ellermann, 2007
Tradução e adaptação